Centro de Intrepretação da Torre

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Serra da Estrela, Portugal
O Centro de Interpretação da Torre é um novo espaço de interpretação ambiental que pretende assumir um papel relevante na divulgação e valorização do património ambiental, paisagístico, e cultural da Serra da Estrela.

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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Próximas Libertações no CERVAS

Nos próximos dias 19 e 21 de Novembro, o CERVAS procederá à devolução à Natureza de duas aves recuperadas neste centro.

Dia 19

Libertação de uma Garça-real ( Ardea cinerea ) em Ferreira d'Aves- Sátão13h30 - Câmara Municipal de SátãoColaboração: Câmara Municipal de Sátão; SEPNA-GNR – Mangualde.

Esta Garça-real (Ardea cinerea) tinha sido abatido a tiro, e apresentava fracturas numa das asas, tendo sido recuperada no CERVAS e treinada para a devolução à Natureza. O abate a tiro ainda é uma ameaça para muitas espécies protegidas, mas é importante destacar que na presente época de Caça o número de ingressos no CERVAS foi muito reduzido, comparativamente com anos anteriores, o que demonstra uma cada vez maior sensibilidade da maior parte dos Caçadores, em relação à conservação de espécies protegidas.

Garça-real (Ardea cinerea) Pertencente à família Ardeidae, a Garça-real (Ardea cinerea) é a maior das garças da Europa, com 90 cm de comprimento, entre 175 e 195 cm de envergadura e cerca de 2 kg de peso. É uma espécie conspícua, facilmente observável e reconhecível no campo, mesmo pelos observadores menos experientes. As garças apresentam um voo impetuoso, com o pescoço retraído formando um "s" e emitem frequentemente um grasnar rouco característico. A plumagem das aves adultas é idêntica para os dois sexos, dominando os tons de cinzento, preto e branco. A cabeça e pescoço são maioritariamente brancos, com excepção de uma nítida coroa preta prolongada, na plumagem nupcial, por duas ou três penas também negras. O dorso é cinzento, bem como parte das asas em que somente as penas de voo (primárias e secundárias) são pretas e o bico é amarelo. Os juvenis apresentam uma maior uniformidade no cinzento da plumagem. Constrói um ninho de grandes dimensões feito de ramos no topo de grandes árvores. Como nidifica em colónias, é comum, numa mesma árvore, encontrar vários ninhos. A postura é realizada entre Fevereiro e Maio ou em Junho, quando faz uma segunda postura, o que raramente acontece. A postura é constituída de 4 ou 5 ovos. A incubação, que dura cerca de 26 dias, tal como a alimentação das agressivas e barulhentas crias, é feita por ambos os progenitores. As crias abandonam o ninho com 7 semanas, embora continuem a cargo dos seus progenitores mais 2 ou 3 semanas. A sua alimentação é composta por pequenos peixes (10 a 20 cm), insectos, crustáceos, répteis e, muitas vezes, pequenos mamíferos.Em Portugal, os locais onde a espécie é mais abundante correspondem a estuários e lagoas costeiras, nomeadamente os Estuários do Tejo e Sado e a Lagoa de Santo André, onde abundam as potenciais áreas de alimentação. No interior do país a distribuição da espécie acompanha as bacias hidrográficas dos rios Sado e Guadiana, estando os indivíduos associados a cursos de água. No Alentejo ocorre ainda em açudes e barragens. De um modo geral, nos últimos anos, a população europeia de Garça-real tem vindo a aumentar. Esta espécie não se encontra ameaçada na Europa, nem em Portugal. Está incluída na Convenção de Berna (Anexo III). As principais causas de mortalidade nesta espécie estão associadas às actividades humanas, nomeadamente à agricultura e à piscicultura. No que respeita à primeira, a contaminação das aves por pesticidas parece constituir o principal factor de ameaça. Em relação à segunda, em Inglaterra, o abate de garças que se alimentavam nas pisciculturas quase levou à extinção da espécie nos anos 70. As Garças-reais são ainda particularmente sensíveis a Invernos rigorosos, podendo sofrer baixas importantes nas suas populações, das quais só recuperam num período de 2 a 3 anos.

Dia 21

Libertação de uma Águia-d'asa-redonda ( Buteo buteo ) nas Penhas Douradas - Serra da Estrela14h - Encontro junto à Colónia das Penhas DouradasColaboração: Câmara Municipal de Manteigas

Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)


A Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) é uma das aves de rapina mais comuns em toda a Europa. Distribui-se pela Europa, Ásia e algumas ilhas do Pacífico e ocupa todos os tipos de habitat onde haja árvores e terrenos abertos, sendo frequente nas bordas dos bosques. A época de nidificação inicia-se em Abril e prolonga-se até Julho, podendo-se iniciar um pouco antes em algumas regiões. Os ninhos podem atingir até um metro de diâmetro são construídos com ramos e folhas, em árvores e grandes arbustos. Muitas vezes utilizam o mesmo ninho do ano anterior, acrescentando-lhe mais material. A postura é normalmente de 2 a 5 ovos e a incubação demora 33 a 38 dias. As crias saem do ninho aos 48-62 dias e tornam-se independentes às 15 semanas. É neste período que se começam a afastar do território dos progenitores. A dieta baseia-se em pequenos mamíferos, principalmente ratos. Complementam a sua dieta com lagomorfos, aves, répteis, anfíbios e invertebrados, podendo também ter comportamento necrófago. Caçam normalmente desde um poiso, mas também em voo sobre terrenos abertos e até caminhando pelo solo. Embora seja uma espécie abundante, tem várias ameaças, entre as quais se destacam as electrocussões, abate ilegal, pilhagem de ninhos, os incêndios florestais e o atropelamento.



Qualquer informação contactem 962714492

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