Centro de Intrepretação da Torre

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Serra da Estrela, Portugal
O Centro de Interpretação da Torre é um novo espaço de interpretação ambiental que pretende assumir um papel relevante na divulgação e valorização do património ambiental, paisagístico, e cultural da Serra da Estrela.

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Libertações de corujas-do-mato e águia-de-asa-redonda recuperadas no CERVAS: 30 de Junho a 2 de Julho de 2009

O CERVAS vem por este meio convidá-los a estar presentes em mais quatro devoluções à Natureza de aves selvagens recuperadas neste centro:

30 de Junho de 2009, 3ª feira

Libertação de uma Coruja-do-mato (Strix aluco)
20h30, Manteigas
Ponto de encontro: Casa da Guarda Florestal de S. Sebastião

Esta Coruja-do-mato foi recolhida por um particular na Freguesia de São Pedro - Manteigas, no dia 13 de Março de 2009 e foi então entregue na delegação do Parque Natural da Serra da Estrela, em Manteigas. Tratava-se de uma pequena cria que terá caído do ninho antes de estar pronta para conseguir voar. A ave foi entregue pelos Vigilantes da Natureza do PNSE no CERVAS, onde sofreu o processo de recuperação que consistiu em alimentação adequada para que crescesse e aumentasse de peso, passagem pelo 1º processo de muda de penas e aprendizagem de voo e caça através do contacto com indivíduos adultos da mesma espécie.

01 de Julho de 2009, 4ª feira

Libertação de uma Coruja-do-mato (Strix aluco)
20h30, Lagares da Beira, Oliveira do Hospital
Ponto de encontro: Cemitério de Lagares da Beira

Esta Coruja-do-mato foi recolhida por um particular, em Lagares da Beira - Oliveira do Hospital, no dia 4 de Maio de 2009. Tratava-se também de uma pequena cria que terá caído do ninho antes de estar pronta para conseguir voar. A ave foi encaminhada por um Médico Veterinário local para a Equipa do SEPNA de Gouveia e entregue no CERVAS, onde sofreu o processo de recuperação que consistiu em alimentação adequada para que crescesse e aumentasse de peso, passagem pelo 1º processo de muda de penas e aprendizagem de voo e caça através do contacto com indivíduos adultos da mesma espécie.

02 de Julho de 2009, 5ª feira

Libertação de uma Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)
17h00, Algodres, Figueira de Castelo Rodrigo
Acção inserida no Campo de Trabalho - Conservação de Aves Rupícolas na Reserva da Faia Brava, organizado pela ATN - Associação Transumância e Natureza

02 de Julho de 2009, 5ª feira

Libertação de uma Coruja-do-mato (Strix aluco)
20h30, Sul, São Pedro do Sul
Ponto de encontro: Capela da Aldeia do Sul

Esta Coruja-do-mato foi apreendida no dia 17 de Abril pela equipa do SEPNA de Viseu por se encontrar em cativeiro ilegal na casa de um particular. Este tê-la-á recolhido à cerca de um ano, após queda do ninho, ainda cria. A ave foi então entregue por esta equipa da GNR no CERVAS, onde sofreu o processo de recuperação que consistiu em alimentação adequada para que aumentasse de peso e aprendizagem de voo e caça através do contacto com outras corujas da mesma espécie.

Coruja-do-mato (Strix aluco)
A coruja-do-mato (Strix aluco) é uma ave de rapina com actividade crepuscular e nocturna, de dimensão média (pesa cerca de 600g) e aspecto compacto. Possui asas relativamente curtas, largas e arredondadas, e cabeça grande e arredondada. A sua coloração varia entre o castanho-arruivado e o castanho-acinzentado e a plumagem é totalmente malhada, com finas riscas e manchas escuras. O disco facial é bastante marcado e homogéneo e a cauda barrada de forma fina e indistinta. Possui olhos negros. Realiza um tipo de voo com batimentos relativamente rápidos e deslizes longos. Alimenta-se de roedores, pequenas aves e insectos, que captura no solo após detecção a partir de um poiso. Esta espécie nidifica em florestas, parques, terrenos agrícolas com árvores, preferindo árvores velhas de folha caduca com buracos onde pode fazer o ninho, e pode ser encontrada na proximidade de zonas habitacionais. São colocados 3 a 5 ovos entre Fevereiro e Junho. O seu canto mais característico, composto por duas notas (uma simples, seguida de uma outra em trémulo), é a melhor forma de localizar e identificar esta coruja. As corujas-do-mato são aves sedentárias e relativamente numerosas em Portugal, distribuindo-se descontinuamente em toda a Península Ibérica devido à fragmentação dos bosques. Esta espécie apresenta o estatuto de conservação de "Pouco preocupante", definido pelo ICNB em 2005. As principais causas de ingresso destas aves nos centros de recuperação são o atropelamento e a queda do ninho de crias/juvenis (neste caso, sempre que possível, a ave deverá ser devolvida ao ninho ou colocada num local próximo, seguro, onde os progenitores a possam continuar a alimentar).


Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)
A águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) é uma das aves de rapina mais comuns em toda a Europa, sendo a águia mais frequente em Portugal. Apresenta dimensões médias (entre 600 a 1100g e 51-56cm de comprimento), um aspecto compacto, cabeça arredondada e cauda relativamente curta, cerradamente listrada nos adultos. A cor da sua plumagem é muito variável, desde quase branco a castanho-escuro, sendo que a zona dorsal é geralmente castanha e a zona peitoral mais clara. Distribui-se pela Europa, Ásia e algumas ilhas do Pacífico e ocupa todos os tipos de habitat onde existam árvores e terrenos abertos, sendo frequente nas orlas dos bosques. A época de nidificação inicia-se em Abril e prolonga-se até Julho, podendo-se iniciar um pouco antes em algumas regiões. Os ninhos podem atingir até um metro de diâmetro e são construídos com ramos e folhas, em árvores e arbustos. Muitas vezes utilizam o mesmo ninho do ano anterior, acrescentando-lhe mais material. A postura é normalmente de 2 a 5 ovos e a incubação demora 33 a 38 dias. As crias saem do ninho aos 48-62 dias e tornam-se independentes às 15 semanas. É neste período que se começam a afastar do território dos progenitores. A dieta baseia-se em pequenos mamíferos, principalmente ratos, mas podem complementá-la com lagomorfos (coelhos e lebres), aves, répteis, anfíbios e invertebrados, podendo também ter comportamentos necrófagos. Caçam normalmente a partir um poiso (são frequentemente observadas sobre os postes dos telefones ou de cercas) mas também em voo sobre terrenos abertos e até caminhando pelo solo. Embora seja uma espécie abundante apresenta várias ameaças, entre as quais se destacam electrocussão, abate e cativeiro ilegais, pilhagem de ninhos, incêndios florestais e atropelamento. De acordo com o ICNB (2005), esta espécie apresenta um estatuto de conservação “Pouco Preocupante”.


Para qualquer informação e/ou para confirmação de presença neste evento, agradecemos contacto através do e-mail cervas.pnse@gmail.com ou do telefone 962714492.

BLOG DO CERVAS: O CERVAS possui agora o seu espaço na Internet: cervas-aldeia.blogspot.com. Este blog possui informações sobre o centro e todas as actividades desenvolvidas, inclusive das várias libertações que ocorrerão durante estes meses.

Visitem!

Um comentário:

ⓡⓞⓣⓘⓥ disse...

Mais uma boa iniciativa ;)
Abraços
http://bloteigas.blogspot.com/